Toda análise precisa receber recortes, pois não
conseguimos dar conta da complexidade de nenhum objeto ou fenômeno
valendo-nos de apenas uma perspectiva de análise. Quando estudamos
certas escolas críticas ou as primeiras escolas da Literatura Comparada,
verificamos que elas sempre estabelecem certos parâmetros que lhes dê
uma identidade e que lhes seja um guia. No entanto, tais parâmetros
apresentam sempre uma limitação, que produz um esgotamento e que acaba
por precipitar mudanças. É o que vimos acontecer com a Literatura
Comparada que foi ampliando as suas fronteiras para várias áreas do
conhecimento, tipos de textos e metodologias. Mesmo hoje, após tanta
abertura, uma pesquisa em Literatura Comparada não consegue contemplar
toda a diversidade do que analisa. Por isso, os muitos trabalhos e o
constante diálogo entre eles, no sentido de um complementar o outro,
dada a complexidade da tarefa analítica. Aliás, é possível colocar em
comparação também as diferentes perspectivas adotadas entre dois estudos
comparatistas, ou seja, em vez de comparar obras, comparar dois
estudos.
Comparar sempre gera certo grau de tensão entre dois ou mais elementos e isso é fundamental para a reflexão, para a percepção mais apurada da natureza de cada coisa, para a elaboração criteriosa de juízos de valor, enfim, para a construção do conhecimento daquilo que se pretende compreender.
Comparar sempre gera certo grau de tensão entre dois ou mais elementos e isso é fundamental para a reflexão, para a percepção mais apurada da natureza de cada coisa, para a elaboração criteriosa de juízos de valor, enfim, para a construção do conhecimento daquilo que se pretende compreender.
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