sexta-feira, 27 de março de 2020

Escolas literárias: Classicismo, Barroco e Arcadismo

Escolas Literárias
Classicismo, Barroco e Arcadismo
Sílvia M L Mota


 
CLASSICISMO (1527-1580)

O Classicismo nasceu na Itália, no século XIV, com apogeu no final do século XVI. Ocorreu dentro do Renascimento, período de renovação e de grandes transformações culturais, políticas e econômicas. A Europa saía da Idade Média, conhecida como a idade das trevas, para encontrar-se com a luz, representada pelo conhecimento.

Os escritores classicistas retomaram a ideia de que a arte deve fundamentar-se na razão, que controla a expressão das emoções. Nesse refrão, buscavam o equilíbrio entre os sentimentos e a razão, em busca de uma representação universal da realidade, que desprezasse tudo que fosse puramente ocasional ou particular. Os autores passaram a revalorizar as características artísticas próprias da Antiguidade Clássica: o equilíbrio e a beleza. No entanto, essa recuperação não se percebe genuína, uma vez que decorre da imitação dos referenciais clássicos, transpassada pelos rígidos códigos do racionalismo iluminista.

Características do texto classicista
O texto classista prima pelo Individualismo, Universalismo, Racionalismo, Antropocentrismo, Idealização amorosa, Neoplatonismo, Nacionalismo, Paganismo, Predomínio da razão, Influência da cultura greco-romana, Fusionismo: mitologia pagã e cristã, Simplicidade, clareza e concisão, Equilíbrio, harmonia e senso de proporção (Rigor e perfeição formal), Mimese = (imitação da Natureza: Aristóteles). Os versos deixam de ser escritos em redondilhas (cinco ou sete sílabas poéticas) – que recebem a alcunha "medida velha" – e passam a ser escritos em decassílabos (dez sílabas métricas ou poéticas) – que receberam a denominação de "Estilo doce novo & Medida nova". É o momento do SONETO, poema com 14 versos decassilábicos (10 sílabas métricas ou poéticas) distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. As Rimas consoantes, por vezes, são ricas.

Representantes
O maior representante desse período é o poeta Luís Vaz de Camões (1524-1580), sendo sua maior obra, Os Lusíadas, a maior epopeia já escrita em português.

BARROCO (1601-1768)

A tradição crítica da literatura brasileira definiu o Barroco, ou Seiscentismo, como a primeira manifestação literária genuinamente brasileira. O termo denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos 1600 e início dos anos 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época. Surge em decorrência da crise do Renascimento provocada, em particular, pelas fortes divergências religiosas e imposições do catolicismo e pelas dificuldades econômicas decorrentes do declínio do comércio com o Oriente.

Características do texto barroco
Trata-se de literatura moralista, usada pelos padres jesuítas para pregar a fé e a religião. É rebuscada, como reflexo dos conflitos dualistas entre o terreno e o celestial, o homem (antropocentrismo) e Deus (teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo presente no período renascentista. Esse contraste será visível em toda a produção barroca, mas o artista barroco não deseja apenas expor os contrários, antes, quer conciliá-los, integrá-los. Daí ser frequente o uso de figuras de linguagem e sintaxe, que buscam essa unidade, sendo as mais comuns: metáforas, antíteses, paradoxos, hipérboles e prosopopeias.

Temas frequentes na Literatura Barroca
- fugacidade da vida e instabilidade das coisas;
- morte, expressão máxima da efemeridade das coisas;
- concepção do tempo como agente da morte e da dissolução das coisas;
- castigo, como decorrência do pecado;
- arrependimento;
- narração de cenas trágicas;
- erotismo;
- misticismo;
- apelo à religião.        

Principais representantes na Literatura

O Barroco foi introduzido no Brasil por intermédio dos jesuítas. No final do século XVI, destinava-se tão somente à catequização. A partir do século XVII, expande-se para os centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, por meio das igrejas. Dessa forma, a função da Igreja era ensinar o caminho da religiosidade e da moral a uma população que vivia desregradamente.
Brasileiros: Gregório de Matos, Bento Teixeira Pinto, Manuel Botelho de Oliveira, Padre António Vieira e Frei Manuel de Santa Maria Itaparica.
Portugueses: Padre António Vieira, que representa a vértice conceptista do Barroco.


ARCADISMO (1768-1836)

O Arcadismo é uma escola literária que surgiu na Europa no século XVIII, mais precisamente entre 1756 e 1825, também denominada de setecentismo ou neoclassicismo. O termo provém da menção à Arcádia, lendária região campestre do Peloponeso, morada do deus Pã, na Grécia Antiga, em que habitavam pastores que gozavam de uma vida plácida de contemplação das belezas simples do campo. Em razão dessas características, o império romano não se interessou pela região, da qual não seria possível obter o que os impérios desejam: mais riquezas e mais poder. Desse modo, a Arcádia pôde manter seus costumes e valores tradicionalmente simples: utopia de vida idílica, marcada pela simplicidade e ambiente feliz, de consagração do amor.

Foi a partir do anteriormente exposto, que jovens da segunda metade do século 18 e da primeira metade do século 19, entenderam que Arcádia seria interessante nome para usar em suas associações que reuniam escritores, cientistas e pensadores. Então, os italianos, inspirados por Giovan Maria Crescimbeni di Macerata, imitaram a lenda, com a criação da Academia de Literatura Arcádia, em 5 de outubro de 1690. Sob a finalidade de combater o Barroco e difundir os ideais neoclássicos, os poetas mantinham a coerência dos princípios que os embasavam, ao assumirem pseudônimos de pastores lendários, como Dirceu ou Glauceste Saturnio. Eram bucólicos e cantavam suas liras com elogios à beleza da mulher amada, ao amor puro, à vida tranquila do campo e à fruição dos pequenos prazeres.

Deve-se considerar o Arcadismo como filosofia de vida e os poemas pastorais como delegação poética, que se estabelece pela transferência da iniciativa lírica a um pastor fictício. Nesse sentido, a poesia pastoral tem um importante significado, pois permite a contraposição da rusticidade do ambiente à formação intelectual de cultura europeia, o que permite um diálogo entre a civilização e o primitivismo.

Um dos principais escritores árcades é o poeta latino Horácio, que viveu entre 68 a.C. e 8 a.C., influenciador do pensamento do “carpe diem” (viver agora, desfrutar do presente), adotado pelo Arcadismo e permanente até os dias de hoje.

No Brasil, o movimento chegou e desenvolveu-se na segunda metade do século XVIII, no auge do Ciclo do Ouro em Minas Gerais e ocorre, também, a transferência do centro político do Nordeste (Salvador) para o Rio de Janeiro. Nesse momento, ocorre também a difusão do pensamento iluminista, mormente entre os jovens intelectuais e artistas de Minas Gerais.

Características do texto arcaico

Valorização da vida no campo (bucolismo). crítica a vida nos centros urbanos, objetividade,  idealização da mulher amada, inutilia truncat (cortar o inútil), locus amoenus (lugar agradável), convencionalismo amoroso, aurea mediocritas (mediocridade áurea ou ouro medíocre), linguagem simples, uso de pseudônimos com frequência e pastoralismo.

Principais representantes na Literatura
Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (1765-1805); António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799); D. Leonor de Almeida de Portugal Lorena e Lancastre ou Marquesa de Alorna (1750-1839), Francisco José Freire, ou Cândido Lusitano (1719-1773), autor de Arte Poética; Santa Rita Durão (1722-1784), autor do poema Caramuru; Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), autor de Obras Poéticas; Basílio da Gama (1741-1795), autor de O Uruguai; Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), autor de Liras, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu; e Manuel Inácio da Silva Alvarenga (1749-1814), autor dos madrigais Glaura.

REFERÊNCIAS


BARROCO. Só Literatura. Disponível em: http://soliteratura.com.br/barroco. Acesso em: 30 maio 2018.

LITERATURA BARROCA. Wikipedia: a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_barroca. Acesso em: 30 maio 2018.

LOPES, Cícero Galeno. Literatura brasileira comentada. Edição Eletrônica Marcelo Spalding Peres. v. 1. Disponível em: https://docplayer.com.br/28310432-Literatura-brasileira-comentada.html. Acesso em: 30 maio 2018.

A literariedade no soneto alexandrino "Notivaga ferida", de Silvia Mota

PROPOSTA DO PROFESSOR REINALDO KELMER

Podemos continuar a busca por uma resposta a partir das propostas de um grupo de linguistas: os formalistas russos. No começo do século XX, esse grupo propôs-se a construir uma Ciência da Literatura, tendo como preocupação fundamental determinar o que denominavam Literariedade. Os formalistas russos relacionaram a Literariedade ao tipo de linguagem empregado nos textos. O texto portador de Literariedade e, consequentemente, literário; é aquele cuja linguagem difere radicalmente da fala utilizada em nosso cotidiano: possui linguagem literária, também denominada linguagem poética.

Literariedade: é a qualidade inerente ao texto literário.

Com base na nossa aula 1 sobre “O que é Literatura?”, escolham um poema e aponte como a literariedade se faz presente nele, de acordo com o que é assinalado no texto acima. Produzam um texto, com no máximo 5 linhas.

Obs.: Lembrem-se de que o objetivo não é trazer pesquisas feitas em sites que tratem de Literatura, mas sim que vocês pratiquem o que viram nas aulas.

RESPOSTA DE SÍLVIA M. L. MOTA

Caro Professor,
Segue o poema escolhido, da minha autoria.

Notívaga ferida

Noturna caçadora - em plenilúnio intenso,
cavalgo na quimera, a crina ambígua ao vento.
Telúrica visão de punho em arco tenso,
transpasso em flecha a dor que aninha o sofrimento.

Noturna caçadora - ardor de fogo imenso,
sou peito entrecortado, um beijo sem talento.
A lama da tristeza afoga sem consenso
e fere descuidada o riso solto ao vento.

Sou pélago profundo e a maldição que empluma,
o lábio sem perfume e a cor do vento em lume -
vivência pastoril, sem paz ou flor nenhuma.

Saudade é farpa atroz e avanço em pranto e bruma,
ao louco som da morte em seu cruel queixume –
sou trôpego final da fé que não se apruma!

A partir da estrutura e da linguagem utilizada no poema, busco provocar no leitor um “estranhamento”, sob o intuito de que isso o levará à percepção automática do meu pensamento. A literariedade acompanha o texto, por inteiro. Foi, como se sabe, Roman Jakobson quem, em ensaio de 1919, utilizou-se dessa última expressão para designar os objetivos dos estudos literários: "O objeto da ciência da literatura, não é a literatura mas a literariedade (literaturnost), isto é, o que faz de uma obra dada uma obra literária."
JAKOBSON, Roman. A nova poesia russa. Citado na Tradução francesa de Tzvetan Todorov em Poétique, 7 ( 1971 ), p. 290.

Trata-se de um soneto alexandrino, portanto, com 14 versos. Os quartetos apresentam-se com duas rimas alternadas (ou cruzadas): ABAB-ABAB. Os tercetos apresentam-se com duas rimas: cdc-cdc. Privilegiei as rimas ricas (quando as palavras rimadas são de categorias gramaticais diferentes). Exemplos no poema: bruma (substantivo) - apruma (verbo); nenhuma (pronome indefinido) - empluma (verbo). O texto é ritmado: presença da tônica na 2ª, 4ª, 6ª, 8ª, 10ª e 12ª (acentuação Yâmbica) e atendendo a exigência do alexandrino, no que diz respeito à acentuação tônica nas 6ª e 12ª sílabas. Os segundos hemistíquios de todos os versos terminam com palavras paroxítonas (chamadas de palavras graves, por Olavo Bilac e Guimaraens Passos, em seu "Tratado de versificação"). Ao término do primeiro hemistíquio, com palavra paroxítona terminada em vogal, a próxima palavra começa com uma vogal átona ou consoante muda, para haver a elisão.

Alguns exemplos de figuras literárias utilizadas no poema.
Metáforas e Hipérboles:
"Noturna caçadora - ardor de fogo imenso, (hipérbole)
sou peito entrecortado, um beijo sem talento" (hipérbole, hipérbole)
"Sou pélago profundo e a maldição que empluma" (metáfora, hipérbole)
"Saudade é farpa atroz e avanço em pranto e bruma, (hipérbole, hipérbole)
ao louco som da morte em seu cruel queixume" (hipérbole)
Contradição:
"vivência pastoril, sem paz ou flor nenhuma"
Assonância:
cavalgo na quimera, a crina ambígua ao vento. (assonância em "a")
Aliteração:
Sou pélago profundo e a maldição que empluma (aliteração em "p")

MOTA, Sílvia M. L. Notívaga ferida. PEAPAZ, Rio de Janeiro. Minha Página. Disponível em: https://peapaz.ning.com/profiles/blogs/notivaga-ferida-soneto-alexa...

MOTA, Sílvia M. L. Encanto dos sonetos na vida do poeta. PEAPAZ, Rio de Janeiro. Grupo Teoria Literária. Disponível em: https://peapaz.ning.com/group/teorialiteraria/forum/topics/encanto-...


AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE, PELO PROFESSOR
Cinco estrelas
Sílvia,
Análise técnica precisa. Valeu pela contribuição.
RK

Representações estéticas nas relações entre Literatura e Cinema

Participação no Fórum da Disciplina: Linguagens da Arte e Regionalidades
No mundo atual as áreas do conhecimento interpenetram-se de forma enriquecedora e no campo da Literatura não poderia ser diferente. Nesse momento, auscultam-se as relações entre a literatura e as demais artes, entre essas, a Música e o Cinema.

Representações estéticas nas relações entre Literatura e Cinema

Analisar (ainda que perfunctoriamente), em níveis teóricos, os liames e querelas existentes entre Literatura e Cinema é deveras inquietante, levando-se em consideração que, nos séculos XIX e XX, a Literatura se coloca no ápice da expressão artística e, na contemporaneidade, o Cinema se aloca no patamar de arte universal, que alcança um grande número de interessados, pelo impacto visual que provoca.

É de sabença que muitas obras literárias são procuradas após a mostra da sua versão no cinema, ou, ao contrário, que a leitura de determinadas obras literárias leva o leitor ao cinema. Citamos os exemplos nacionais de Vidas Secas, Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Guarani, O Cortiço e, de alcance mundial, E o Vento Levou, Romeu e Julieta, O Exorcista, O Senhor dos Anéis, O Código da Vinci, Arquitetura da Destruição, entre outros. Não se pode olvidar, entretanto, que Literatura e Cinema são artes autônomas, embora apresentem íntimos pontos de contato, com as modificações pertinentes às características particulares a cada expressão artística.

A representação estética da Literatura é a escrita, a imagem mental; a representação estética do Cinema é o auditivo e o visual. A Literatura é mais rica por provocar a criatividade mental de quem recebe a obra, enquanto o Cinema nos oferece “tudo pronto”, levando-nos a divagar entre imagens e sons. Nesse sentido, o Cinema se perfaz numa nova versão da Literatura, com a intenção de atingir as grandes massas.

Esteticamente, as duas artes se aproximam: ambas são frutos de uma narrativa, assim como ambas sugerem uma ilusão de verdade. A vida expressa-se tanto na tela quanto nas páginas que compõem um livro. Por outro lado, afastam-se, porque a Literatura propõe o significado e o sentido da vida e o Cinema propõe a expressão e o impacto da realidade. A Literatura oferece a representação da realidade, enquanto o Cinema reproduz a realidade. A linguagem literária é rica, subjetiva e emocional; a linguagem cinematográfica é de fácil compreensão, porque o espectador compromete-se com a diversão, com o emocionar-se ou não. O público que aprecia a Literatura passeia por um mundo onírico, que o leva à realidade; o público que aprecia o Cinema, compromete-se com a recepção imediata da realidade.

Cordialmente,
Sílvia M L Mota

Sem cultura, não!

Sem cultura, não!
Sílvia M L Mota

No Brasil os valores culturais são menosprezados.
Como viver sem raízes culturais? Sem cultura seríamos coisas brotadas aleatoriamente, sem passado, sem perspectiva de futuro. Soltos no Mundo. Um bando de vidas que nem ao menos entenderia a própria humanidade. Sem originalidade. Jogados de cá para lá, como "seres possuíveis" por bandos mais fortes. Sem escolhas, sofreríamos suas influências, até "sermos possuídos" por outro bando... e, assim, indefinidamente, até a nossa morte. E morreríamos sem deixar raízes e história, por nada ter plantado ou criado.

Noções de língua e fala e de signo linguístico

FORUM B
DISCIPLINA: LINGUÍSTICA
PROFESSORA: MARCIA DIAS LIMA DA SILVA

Olá, alunos!

“Sendo a língua um sistema, cujos signos são estabelecidos por convenção social, o vínculo associativo que une as duas faces do signo não é motivado, ou seja, não há um critério para se associar um significado a um significante na língua, por isso, o signo linguístico é arbitrário.”

A partir desse fragmento e da leitura da crônica Defenestração de Luis Fernando Veríssimo (Disponível em a href="http://cdclifelines.blogspot.com/2009/09/defenestracao-luis-fernando-verissimo.html&gt">http://cdclifelines.blogspot.com/2009/09/defenestracao-luis-fernand...;), discutam as noções de língua e fala e de signo linguístico conforme propostas por Saussure.

Caso tragam uma pesquisa, ela deverá ser acompanhada de comentários próprios, da fonte pesquisada e ser vinculada ao conteúdo das aulas para ser pontuada.

IMPORTANTE: Usem este espaço para suas dúvidas do Avaliando o Aprendizado! Embora dúvidas não sejam pontuadas, conversar sobre as questões vai ajudá-los a compreender nossa disciplina!

Aguardo a participação de vocês!
Abraços.

Tipos de Gramática

FORUM A
DISCIPLINA: LINGUÍSTICA I
PROPOSTA DA PROFESSORA MARCIA DIAS LIMA DA SILVA

Olá, alunos!

Antes de fazer a proposta para a discussão neste fórum, quero desejar a todos um ótimo semestre! Sintam-se muito bem-vindos à nossa disciplina!

A partir das afirmativas a seguir, discutam, utilizando exemplos, os diferentes tipos de gramáticas e sua relação com a ciência linguística.

"A gramática normativa tem sofrido muita crítica por parte dos linguistas. A crítica é tão grande que esses especialistas chegam muitas vezes a ser mal interpretados. São vistos como “antigramáticos”, como se fossem contra o ensino da mencionada obra nas escolas, o que não é verdade. O que há de errado com a gramática, segundo os linguistas, é a forma como ela é elaborada e consequentemente ensinada. Para Perini (1996, p.22) elas são arcaicas, tanto na descrição que oferecem quanto nas teorias em que se baseiam." (Disponível em http://www2.uefs.br/dla/graduando/n1/n1.45-52.pdf. Acesso em fev. 2010)

Caso tragam uma pesquisa, deverá ser acompanhada de comentários próprios, da fonte pesquisada e ser vinculada ao conteúdo das aulas para ser pontuada.

IMPORTANTE: Usem este espaço para suas dúvidas do Avaliando o Aprendizado! Embora dúvidas não sejam pontuadas, conversar sobre as questões vai ajudá-los a compreender nossa disciplina!

Aguardo a participação de vocês!
Abraços.

Classificação dos sintagmas

PROPOSTA DA PROFESSORA
Leia o parágrafo a seguir:
 O Observatório Europeu do Sul anunciou nesta segunda-feira (12) a descoberta de 50 exoplanetas em estrelas PRÓXIMAS ao Sol, sendo 16 desses com massas parecidas com a da Terra. Os NOVOS astros foram revelados durante um congresso científico INTERNACIONAL que reuniu 350 especialistas em Wyoming, nos Estados Unidos. (http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/09/observatorio-eu...)

Qual a classificação dos sintagmas destacados no parágrafo acima?
    Sintagma nominal.
    Sintagma adverbial.
    Sintagma adjetival.
    Sintagma verbal
    Sintagma preposicionado.

RESPOSTA
Cara Professora, posso afirmar que as palavras assinaladas: PRÓXIMAS – NOVOS – INTERNACIONAL, morfologicamente consideradas, classificam-se como adjetivos.
Sendo assim:
1. Não se classificam como sintagmas nominais, porque qualificam o nome ao qual se associam.
2. Não podem ser chamadas de sintagmas adverbiais, porque não se enquadram na classe gramatical dos advérbios.
3. As palavras em destaque correspondem a sintagmas adjetivais, porque todas qualificam o sintagma nominal que delas se aproxima.
4. Não se caracterizam como sintagmas verbais, porque não se enquadram na categoria de verbos.
5. Não se denominam sintagmas preposicionados, porque não se fazem acompanhar de preposições.
Cordialmente,
Sílvia M. L. Mota